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Tudo a postos para a grande batalha do WRC em Portugal

Vai ser um início em festa que junta os últimos quatro campeões do mundo.
14 maio 2025

A edição de 2025 do Vodafone Rally de Portugal arranca, amanhã, com a cerimónia da partida em Coimbra e uma superespecial na Figueira da Foz. Vai ser um início em festa que junta os últimos quatro campeões do mundo.

A prova organizada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) tem a melhor lista de inscritos do ano do Campeonato do Mundo de Ralis – estão presentes 12 carros da categoria Rally1 – e espera-se uma batalha sem tréguas nas mais icónicas classificativas do WRC, o que reforça a ideia de Ott Tänak, campeão do mundo de 2019: “O Rali de Portugal é um grande evento em muitos aspetos. Tem excelentes estradas, muita história e o ambiente que se vive é fantástico. É tudo o que se pode pedir num rali”.

A prova está dividida em três etapas e tem 24 provas especiais de classificação, num total de 344,5 km cronometrados, sendo a rapidez e a estratégia determinantes para os pilotos que aspiram à vitória. A Toyota venceu as quatro provas realizadas este ano, com três pilotos diferentes, mas a Hyundai e a M-Sport Ford querem terminar com o domínio da marca japonesa no mundial de ralis.

A campeã do mundo Toyota apresenta-se com um quarteto de luxo, inscrevendo quatro GR Yaris Rally1: Elfyn Evans, Sébastien Ogier, Kalle Rovanperä e Takamoto Katsuta, embora apenas os três primeiros pontuem para o campeonato de construtores. Destaque também para a estreia do finlandês Sami Pajari, campeão do WRC2 em 2023, com um GR Yaris preparado pela Toyota Gazoo Racing WRT2.

O oito vezes campeão do mundo Ogier continua motivado: “É um rali com uma atmosfera única e muitos adeptos. O ano passado foi bom conquistar a sexta vitória e seria incrível repetir esse resultado em 2025”. Já Evans, o líder do mundial, sublinha: “Portugal tem excelentes classificativas e vamos tentar aproveitá-las. Ser o primeiro na estrada é penalizador no primeiro dia, mas espero ser competitivo até domingo”. Por outro lado, Kalle Rovanperä afirma: “Gosto dos troços em Portugal e espero ser rápido. Voltamos aos pisos de terra, onde ainda estou a trabalhar para me sentir tão confortável como no asfalto”.

A Hyundai responde com um trio de peso. Thierry Neuville, atual campeão do mundo, Ott Tänak e Adrien Fourmaux alinham com os Hyundai i20 N Rally1 oficiais e partem com ambições renovadas de contrariar o domínio da Toyota na temporada.

O belga Neuville aborda a prova com alguma cautela: “As estradas muito abrasivas podem causar maior desgaste dos pneus, se formos demasiado exigentes”, refere o piloto do i20 N Rally1. No Vodafone Rally de Portugal, os pilotos enfrentam troços muito técnicos e exigentes, como reconhece Tänak: “Não há dúvida de que o rali será difícil. Tem dias muito longos e condições duras na segunda etapa”. Um sentimento que também é partilhado por Adrien Fourmaux: “É um grande desafio. Há sempre calor e a gestão dos pneus é uma tarefa complicada”.

A M-Sport Ford reforça a sua presença nesta ronda do mundial, com quatro Ford Puma Rally1 inscritos. Aos habituais Grégoire Munster e Josh McErlean, juntam-se o letão Martinš Sesks e o português Diogo Salvi, que se estreia na categoria principal. “É um presente que dou a mim próprio”, confessa o português de 55 anos, empresário da área das tecnologias da informação”.

A M-Sport Ford também entra na luta pelos primeiros lugares, com confiança redobrada depois dos testes antes da prova. “A equipa já mostrou que o carro pode ser competitivo aqui, por isso vamos lutar por um bom resultado”, admite Grégoire Munster.

Já o WRC2 está mais competitivo do que nunca. Em Portugal, a lista de inscritos inclui 55 pilotos, prometendo uma luta intensa e um espetáculo emocionante ao longo das classificativas. Nomes como Oliver Solberg (Toyota GR Yaris), Gus Greensmith (Skoda Fabia RS), Kajetan Kajetanowicz (Toyota GR Yaris), Nikolay Gryazin (Skoda Fabia RS), Jan Solans (Toyota GR Yaris) e os irmãos Yohan e Léo Rossel (Citroën C3) são naturais candidatos à vitória, mas numa categoria tão equilibrada, há sempre espaço para surpresas.

O destaque vai, também, para a presença de duas figuras bem conhecidas do WRC: Kris Meeke (Toyota GR Yaris) e Dani Sordo (Hyundai i20 N), que agora competem com carros Rally2 no Campeonato de Portugal de Ralis. É precisamente nesta categoria que se concentram os principais pilotos portugueses, com Armindo Araújo, Ricardo Teodósio, José Pedro Fontes, Pedro Meireles, Pedro Almeida e Gonçalo Henriques a liderarem a armada. Além de somarem pontos cruciais para o CPR, vão ter a oportunidade de medir forças com os melhores pilotos do mundo.

O Vodafone Rally de Portugal integra ainda os campeonatos WRC3 e FIA Junior WRC.

A primeira etapa pontua também para o Campeonato de Portugal de Ralis.

 

Programa Vodafone Rally de Portugal 

Quinta-feira, 15 de maio

SS 1 Figueira da Foz (2,94 km) - 19h05 

Sexta-feira, 16 de maio

SS 2 Mortágua 1 (14,59 km) - 07h35

SS 3 Lousã 1 (12,28 km) - 09h05

SS 4 Góis 1 (14,30 km) - 09h53

SS 5 Arganil 1 (14,44 km) - 10h41

SS 6 Lousã 2 (12, 28 km) - 13h05

SS 7 Góis 2 (14,30 km) - 13h53

SS 8 Arganil 2 (14,44 km) - 14h41

SS 9 Mortágua 2 (14,59 km) - 17h05

SS 10 Águeda/Sever (15,08 km) - 18h35

SS 11 Sever/Albergaria (20,24 km) - 19h20

Sábado, 17 de maio

SS 12 Vieira do Minho 1 (17,69 km) - 07h35

SS 13 Cabeceiras de Basto 1 (19,91 km) - 08h35

SS 14 Amarante 1 (22,10km) - 10h25

SS 15 Vieira do Minho 2 (17,69 km) - 15h05

SS 16 Cabeceiras de Basto 2 (19,91 km) - 16h05

SS 17 Amarante 2 (22,10 km) - 17h55

SS 18 Lousada (3,36 km) – 19h05

Domingo, 18 de maio

SS 19 Paredes 1 (16,09 km) - 06h43

SS 20 Felgueiras 1 (8,81 km) - 07h48

SS 21 Fafe 1 (11,18 km) - 08h35

SS 22 Paredes 2 (16,09 km) - 09h58

SS 23 Felgueiras 2 (8,81 km) - 11h03

SS 24 Fafe 2 - Power Stage (11,18 km) - 13h15

 

Declarações dos pilotos oficiais (Rally1):

Elfyn Evans (Toyota)

“Se o tempo estiver seco vai ser desafiante largar em primeiro na sexta-feira. Os testes foram com piso molhado, pelo que a preparação não foi a ideal, mas a sensação foi boa e estou confiante.”

Kalle Rovanperä (Toyota)

“Gosto dos troços em Portugal e espero ser rápido. Voltamos aos pisos de terra, onde ainda estou a trabalhar para me sentir tão confortável como no asfalto. Há sempre menos aderência e, com os novos pneus, continuo à procura do acerto ideal. Trabalhámos bastante durante a semana passada e espero encontrar um ritmo bom e ser consistente para conseguir somar pontos nesta prova”.

Sébastien Ogier (Toyota)

“Desde o Chile, em outubro do ano passado, que não faço um rali em terra e, desde então, o carro e os pneus mudaram. Encontrei condições meteorológicas desafiantes nos testes, mas tenho a sorte de ter uma grande equipa à minha volta, e espero que possamos continuar com o início de temporada. Sempre adorei Portugal.”

Thierry Neuville (Hyundai)

“No Rali de Portugal, como em qualquer outro rali de terra, é importante aproveitar a posição na estrada e gerir as temperaturas, especialmente na zona de Amarante. As classificativas de domingo são mais suaves e é possível forçar o andamento no último dia. A equipa precisa de um bom resultado, mas para isso temos de ser mais fortes do que os Toyota e precisamos de ultrapassar o Elfyn, que tem uma grande vantagem no campeonato.”

Ott Tänak (Hyundai)

“Sempre que vamos para uma rali temos o objetivo lutar pela vitória, só que não temos sido suficientemente fortes. Temos de manter a cabeça fria e trabalhar para voltar ao topo. Este é o quinto rali em que temos pneus novos e precisamos de tirar o máximo partido deles.”

Adrien Fourmaux (Hyundai)

“O Rali de Portugal é um grande desafio. Há sempre calor e a gestão dos pneus é uma tarefa complicada. Há troços onde o ataque é total, mas temos de ter cuidado com os pneus, e outras zonas onde temos de ser cautelosos, mas onde é possível criar grandes diferenças. Temos de acabar com o domínio da Toyota e obter um bom resultado com os três carros. Quero voltar a subir ao pódio.”

Grégoire Munster (Ford)

“Tive uma sensação muito boa durante os testes e a equipa está motivada para recuperar depois das Canarias. Portugal sempre dois tipos de classificativas: algumas com piso macio, como Fafe, e outras mais ásperas e com uma base dura.”

Josh McErlean (Ford)

“É ótimo estar de volta ao Rali de Portugal, guardo boas recordações da prova. Mal posso esperar para voltar a correr, desta vez num Rally1. É o início da época em terra e não há melhor sítio para começar. Fãs, ambiente e estradas - tudo é simplesmente fantástico em Portugal.”

Martins Sesks (Ford)

“Corri em Portugal no WRC Junior, em 2021, alguns dos troços são semelhantes e espero que isso ajude. Fiz dois ralis do campeonato português com a Past Racing o que também deve ser útil. Preparei bem a prova, mas sei que todos os pilotos estão empenhados em fazer um bom resultado aqui. O meu objetivo é continuar a evoluir e ser consistente. Estou ansioso para ver o que consigo fazer este ano em terra.”

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