Duas novas etapas e um percurso exigente de três dias tornarão a 58.ª edição do Vodafone Rally de Portugal, que se realiza este fim de semana, tão desafiante como sempre.
O evento marca a primeira de sete etapas consecutivas em pisos de terra do Campeonato do Mundo de Ralis FIA 2025 e contrasta fortemente com as estradas geladas do sul de França, as florestas nevadas da Suécia, o pó sufocante do Quénia e as estradas de asfalto liso da Gran Canaria.
Tudo começa com a tradicional etapa Shakedown de 5,72 km em Baltar, a leste de Matosinhos, a partir das 08h01 da manhã de quinta-feira. Os pilotos P1 e P2 convidados poderão dar os últimos retoques na afinação dos seus carros com os novos pneus Hankook para pisos de terra, antes da partida cerimonial em Coimbra, com início às 17h00.
Uma curta etapa para deleite dos espectadores, com apenas 2,94 km, à beira-mar na Figueira da Foz, encerrará o itinerário de quinta-feira, com o primeiro carro a entrar na pista às 19h05.
Segue-se uma autêntica maratona na sexta-feira, composta por quatro etapas em torno de Arganil, percorridas duas vezes com duas paragens de assistência remota, e outras duas novas etapas em Sever do Vouga, perto de Aveiro, no caminho de volta para norte, em direção ao Porto.
Mortágua (14,59 km) é a primeira etapa da agenda, com início às 07h35, precedendo os troços na estreita e técnica especial de Lousã (12,28 km), Góis (14,30 km) e Arganil (14,41 km).
As novas etapas – Águeda/Sever (15,08 km) e Sever/Albergaria (20,24 km) – serão o centro das atenções a partir das 18h35 e 19h20, respetivamente. Esta região de Portugal acolheu o evento entre 1995 e 1999, com a primeira das duas novas especiais a terminar dentro do circuito de rallycross de Sever do Vouga.
A segunda nova etapa atravessa a região de Alberbaria-a-Velha e foi utilizada pela primeira vez em 1974, com o nome de Monte Telégrafo. Nessa ocasião, a vitória foi para a dupla italiana Raffaele Pinto e Arnaldo Bernacchini, num Fiat Abarth 124 Rally. O evento foi a ronda de abertura do Campeonato do Mundo de Ralis, depois de a crise do petróleo ter forçado o cancelamento dos ralis de Monte Carlo e da Suécia.
O itinerário de sábado inclui duas voltas em três exigentes etapas de terra a nordeste do Porto e a já tradicional visita à pista de rallycross de Lousada para fazer as delícias da enorme multidão de fãs.
A primeira passagem por Vieira do Minho (17,69 km) dá início ao dia logo às 07h35 e antecede Cabeceiras de Basto (19,91 km) e Amarante (22,10 km), que é a etapa mais longa do rali. As três etapas são repetidas à tarde, antes da ação lado a lado em Lousada, que começa às 19h05.
A prova de sábado começa perto do Santuário da Senhora da Fé e termina em Anjos, enquanto Amarante é, desde 2015, a etapa mais longa do evento e foi utilizada pela primeira vez em 1969.
O tradicional, e emocionante, final de domingo inclui duas passagens por três especiais mais curtas e culmina com a segunda passagem pela icónica especial de Fafe, que volta a ser a Wolf Power Stage.
A ação começa em Paredes (16,09 km) às 06h43 e segue pela colina de Santa Quitéria para a etapa de Felgueiras (8,81 km) antes da primeira passagem por Fafe (11,18 km). Após um reabastecimento remoto, as duas primeiras etapas são repetidas no final da manhã.
A Wolf Power Stage, e o lendário salto da Pedra Sentada, até à meta final estão programados para encerrar o evento a partir das 13h15.
Num percurso total de 1.790,65 km, os concorrentes enfrentarão 344,50 km contra o relógio.